Sábado de manhã


Ei já não faço nada e o tempo passa, ouvi frases de que a vida não pára,não acredito que seja verdade,algo diz que não. me sinto imóvel e pertubada, ao mesmo tempo que estou sorrindo, me vem no rosto uma lágrima que já não consigo esconder, se estou triste penso em dormir, quando acordo desejo não precisar levantar da cama,Acho que domindo tenho lá no fundo a vextrema vontade de não acordar mais, mas lá estou eu novamente sentada numa cadeira amarela, em frente uma tela de computador, todo dia a mesma rotina, todo dia a mesma vidinha. Não há nada de novo, assim como já não tem mais nada velho aqui,porque já não tem mais nada dentro de mim, não sinto coisa alguma, apenas raiva, ódio, angústia e tudo se reflete justamente nso meus olhos. Nunca havia usado tanto óculos de sol como venho usando ultimamente, não importa se está calor ou não, ali estou com óculos escuros, cabelos bagunçados e torta. talvez eu sempre tenha sido assim mesmo, meio torta, meio displincente, mas nunca havia conhecido á profundidade dessa tristeza. As coisas estão cada dia mais bagunçadas,como o meu quarto, minha cama, minha vida vem se fazendo um ninho, cujo dele não consigo sair, aquelas imensas vontades de estudar e ser alguém com poder já não tenho mais, cada dia mais fraca, cada dia mais frágil até. Assisto filmes de romances dramáticos e nada disso me aflinge mais, já não é issoque me faz chorar, é o meu próprio filme que me faz sentir dor, porque desde o começo dirigi meu filme errado, os scripts que eu fazia nunca ninguém seguiu, e nem seguirá. Pois desses tempos pra cá percebi que a vida não tem limite em ser tão drámatica, tão fútil. Um dia eu fiz tantos planos, corri por tantos sonhos, e hoje, no máximo corro atrás de um coletivo pra não me atrasar para o curso, onde todos pra mim são estranhos, não somente no curso mas até dentro de casa, o provável é que eu tenha me tornado uma estranha pra mim messma. Acho que aqueles sorrisos que um dia eu tanto dei já se esgotaram, só não sabia que eles tinha validade. Tanta coisa já se acabou em mim, e tudo porque? Me faço essa pergunta todos os dias de manhã quando novamente me encontro sentada numa cadeira de escritóio, o que eu quero da vida e o que ela quer de mim? Tenho certeza que eu verdadeiramente não sei, de mais nada. Não sei onde estão minhas chaves agora, não sei que trabalho tenho que fazer da escola, nem onde estão meus óculos de sol, é preciso disfarças as olheiras, é preciso remover esse brilho fosco dos meus olhos, não sei onde está o amor da minha vida também, talvez no meio da bagunça do meu quarto, é se isso fosse verídico arrumaria meu quarto nesse instante,mas não é isso que tanto procuro, só me pergunto onde ela está? A tal salvação, felicidade ou qualquer coisa que deixe mais suave os problemas, e que me devolva a vontade de fazer alguma coisa? Bom... nos calmantes e remédios que venho tomando, olhei pro fundo do potinho e não encontrei nada se não um buraco fundo e vazio.

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