Cartas para o (A)mor ...


Mas de uns tempos pra cá eu havia decidido não mais falar de amor, até porque perdi toda a poesia que havia dentro de mim para me relacionar a ele. Não tinha mais situações verídicas e que me tocassem por dentro, não sentia mais aquele frio na barriga, nem aquela chama de ciúmes por algo que não era meu. Também achava que para falar de amor era preciso acreditar que ele existia, e olha como a dor é  safada! Ela vai nos esmagando aos pouquinhos até nos fazer pequenos, e nos faz sentir inutil. Arranca com a brisa de um vento toda a fé que se tem, e ainda nos leva uma essência, ás vezes única. É muito subjetivismo não acha? Mas você chegou assim tão perto, tão silencioso e tão você. E tudo isso foi tão estranho. Me embrulhou o estomâgo, fazendo-me sentir náuseas ao seu lado, pela forma simples com que se apresentou, aliás obrigada pela flor, adorei. Ainda hoje quando te vejo e ficamos em silêncio um do lado do outro, sinto uma coisa estranha, como se fossem cosquinhas, mas são cosquinhas frias, de insegurança e medo.  A verdade é que estou me sentindo muito bem com você por aqui, tão perto, por isso continue aqui, e assim, não se atreva a ir fugir denovo e me fazer costurar o coração novamente,ok? E lembre-se se for pra segurar na minha mão, que você não a solte mais ...
Cartas para o amor .

( niQue Barbosa )

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