Miss Dick - Meu primeiro diário



Dias desses, resolvi por algum motivo de força maior (a saudade) procurar e reler um dos meus antigos diários. Abrindo aquela velha caixa empoeirada, encontrei um dos meus mais antigos, na verdade o primeiro diário cujo através dele que eu passei a ganhar verdadeiro gosto pela escrita. Esse diário foi comprado em Alagoas - Maceió, com folhas decoradas e perfumadas,e uma linda capa azul floral. Desde de muito nova, sempre gostei de dar nomes a tudo ou quase tudo que eu tinha, nos meus animais de estimação,  ursos, minhas bonecas, até minhas besteirinhas de maquiagem, e com o meu primeiro diário não foi diferente, eu o chamava de Miss Dick eu nem lembrava do nome que havia dado a ele, até que nos dias em que passei relendo, achei bem engraçadinho e fofo,rs. Em 2007, onde nele comecei a documentar dois dos meus primeiros anos do resto da minha vida até hoje, percebi que eu mudei em vários aspectos, como no meu modo de escrever (comparando a hoje, minha letra é muito linda ), por exemplo, minha forma de pensar e imaginar o mundo, e minha mania irritante de idealizar as pessoas, aliás que pelo visto não é de hoje né?! Porém fiquei muito feliz em saber que algo que eu desejei muito em 2008, voltou a acontecer mesmo que temporariamente, isso me fez acordar e ver que eu realmente quis isso, que eu realmente sonhei, e consequentemente tornei esse sonho em realidade.Com os anos que se passaram aprendi a confiar nos meus sonhos, de uma forma natural.
Até o começo dos meus quinze anos eu escrevia em diários.  Não me lembro ao certo porque eu parei de escrever, mas lembro que uma "amiga'' da época de escola me disse que só garotas boas e bobas escreviam em diários, porque a vida era muito cheia de coisas para se fazer, para perder tempo com besteiras desse tipo, e ela ainda complementava dizendo: -Você é estranha!
Nunca concordei com essa afirmação dela. Quer dizer, não totalmente, porque em uma coisa ela tinha razão: Eu sou estranha! E é bem isso que me tornou de alguma forma diferente talvez, não encontrei uma palavra exata para esta afirmação, até porque todos somos diferentes, ainda que iguais...
Senti passar por mim, certa nostalgia ao lembrar vagamente dos melhores abraços do meu pai, das cartinhas da minha mãe e até das minhas frases apaixonadas (Que daqui por diante, postarei no blog). Das viagens que fiz, e das pessoas mais simples que eu conheci, dos dez gatos que já tive e até do nome de cada um deles. Foram tantos momentos bons e ruins rabiscados em frágeis pedaços de papel em forma de coração, que dá até uma vontadezinha de voltar ao passado, e aproveitar mais de tudo aquilo que se foi. Já não há mais tempo, nem chances - Afinal, a vida não para. E foi nessa vontade de continuar que nasceu o blog. Sempre fui apaixonada pelas palavras,  desde nova já gostava de escrever, e depois da 5º série, nasceu minha paixão pelos livros. Queria fazer uma coisa nova pra mim, quando criei o blog erapra inventar histórias, e não expor minha vida que só existia no meu diário, até que.. foi! Desde o tempo que tenho blog, mudou muito minha forma de escrever e colocar as pessoas em minha volta, e claro que até o blog foi-se popularizando...
E foi mexendo no fundo do baú que então resolvi me despir desta casca de mágoas e ressentimentos, lembrei-me da garota que apesar de ingênua e idiota, era doce, sensível e além disso profundamente intensa, essa é a garota do diário, dos olhos que brilham com o sorriso, que é boa o suficiente pra fazer e ser melhor. A garota que ainda é menina, e que renasceu da poeira. Essa sou eu.

( niQue Barbosa )
Escrevendo, eu falo pra caralho não é?

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